A gerente
administrativa Maria Izabel Neiva, 37, diz que foi impedida de fazer a
rematrícula do filho Lucas, 8, em uma escola particular de Guarulhos (Grande
São Paulo). O motivo seria o penteado black power usado pelo garoto.
Segundo o
depoimento da mulher à polícia, a diretora do Colégio Cidade Jardim Cumbica,
localizado no Jardim Cumbica, disse que o cabelo do menino é "muito grande
e crespo."
A mãe do garoto
afirma ainda que ele passou para a quarta série do ensino fundamental com boas
notas e não há motivo para negar a matrícula. De acordo com ela, a diretora da
escola já tinha chamado a atenção do menino por causa do cabelo dele em agosto.
O motivo, segundo a mãe, é que o corte "não é adequado para a instituição
de ensino".
Na terça-feira
(3), a mãe do menino foi informada pela diretora que não havia mais vagas na
escola para o período que ela pediu. A mulher, porém, diz que não recebeu
nenhuma notificação formal da escola.
A mãe de outra
aluna da mesma sala do menino disse à polícia que conseguiu fazer a rematrícula
da filha no mesmo período solicitado e após a tentativa da mãe do garoto
impedido.
Ao questionar a
diretora sobre o caso, Maria Izabel disse que a diretora respondeu, em tom de
deboche, era para ela marcar uma hora para conversarem.
A mulher diz que o
único motivo para a diretora negar a rematrícula é o corte do cabelo de seu filho.
Isso porque ela afirmou que não atrasou nenhuma mensalidade e o menino nunca
teve problemas de comportamento ou disciplina.
Procurado, o
Colégio Cidade Jardim Cumbica não comentou o caso até a publicação desta
matéria. O que vocês acham disso?
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