O
9.o Seminário do Reggae que aconteceu na tarde de hoje na Secretária Municipal de
Turismo, foi importante para discussão das políticas públicas para
potencializar o reggae como produto turístico, o tema foi: Mídia e comunicação “desafios e
avanços” com os palestrantes Jorge Black e Ademar Danilo, bastante
diferente dos seminários anteriores, nesse houve muito espaço para os integrantes
da platéia, a maioria formada pela cadeia produtiva do Reggae, “a comunicação”
foi bem ampla.
Falou-se
das barreiras, dos problemas existentes que não deixam o reggae crescer mais
como produto turístico, um exemplo disso começa pela entrada de nossa cidade,
no aeroporto, onde tem lá o setor de informações onde tem tudo sobre tudo, rede
hoteleira, praias, culinária local, cultura (menos o Reggae). Aí vem a questão
da descriminação, falta de apoio do poder público, infra-estrutura, segurança, desorganização
do próprio movimento reggae, entre outros.
Durante
o debate, houveram alguns pontos polêmicos entre integrantes da mesa e também
entre a própria platéia, o velho duelo entre o pessoal do movimento Roots X Reggae
Eletrônico que chegou a ficar bem acalorado, também alguns artistas Maranhenses
como Levy James que reclamou da exclusão dos estúdios locais, devido à invasão
dos Jamaicanos na Ilha.
Na
verdade o nosso movimento Reggae é desunido, enquanto brigamos entre nós o
Reggae perde mais ainda, e nossos vizinhos Paraenses e Cearenses se organizam,
o tributo à Bob Marley em Belém colocou mais de 20 mil pessoas em praça pública
onde mesmo sendo um tributo, também teve espaço para as músicas da atualidade, com
a forte presença de uma turma do Maranhão que encerram a festa.
Enquanto
isso aqui no Maranhão, houveram tributos só aqui na ilha que tem o título de
Jamaica Brasileira, na sexta (9/mai) no Chama Maré, Porto da Gabi, e o dia
11/maio mesmo só não passou em Branco graças à Natty Nayfson que faz essa festa
há cerca de 30 anos e praticamente sozinho sem apoio da prefeitura, governo ou
empresários, com uma dimensão (público) 10 vezes menor, o que é lamentável. O
Reggae precisa primeiro se unir, depois se organizar para poder se quiser mudar a atual situação.
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